quinta-feira, dezembro 14, 2006

Teoria Holística Da Libertação

Cada um escreve sua história?
Eu nasci e já havia um sistema. Haviam também regras pré-estabelecidas quais nunca me questionaram se eu concordava ou não.
Imagino que o mundo seja de todos, mas inventaram algo chamado propriedade, e só uma minoria é detentora dela. Inventaram o dinheiro também. Existe muito dinheiro, assim como a propriedade, mas os possuidores são a mesma minoria.
Eu chamo as pessoas para luta, faço minha parte como indignado. Mas simplesmente as pessoas não vão! É um absurdo. Com toda essa injustiça estampada por aí elas acabam se conformando. Muito facilmente por sinal.
Esse é mais um texto qual eu questiono, critico e ninguém dará importância.
O que fazer num mundo onde a perfeição é impossível e a injustiça é eminente?
Seria muito simples se as coisas fossem divididas e, ao invés das pessoas se conformarem com o pouco que têm atualmente, elas se conformariam com o bastante que todos teriam.
A sociedade perfeita é aquela que as pessoas se respeitam pelo simples fato delas porem a individualidade e a liberdade do outro em questão antes de agirem.
Muito diferente disso, temos um grande quadro que se expande e é pintado com sangue. A opressão e a luta a favor da manutenção da minoria que possui a maioria das coisas. As leis agem a favor de poucos. As leis se aplicam a poucos...
Me vejo sozinho nesse mar revolto de banalidades que se transformaram em normalidade aos olhos dos inocentes reprimidos. Vão todos obedecendo e se conformando com a esmola que lhes dão.
Fico imaginando o que se passa na cabeça das pessoas. Eu, a todo momento, estou pensando na minha contribuição holística, pensando no que faço para mudar e tentando não me inserir na maioria que se conforma e passa a discutir assuntos quais eu considero menos importante.
Em épocas passadas existiram pessoas que criticaram tudo. Morreram e não viram mudança alguma. De fato, as mudanças não aconteceram, mas essas pessoas acabaram sendo reconhecidas de certa forma. Eu não ligo pra ser reconhecido, claro que não. Não é meu ego que está em jogo. É o bem estar mundial. É a liberdade que se mantém aprisionada pelo egoísmo dos seres humanos.
Será que eu nasci no planeta errado? Na época errada eu acho que não, já que sempre existiram opressores e oprimidos. Talvez nascer em outra época só fizesse eu encurtar meus dias.
De qualquer maneira, estaria vivendo mais intensamente. Antigamente os todos-poderosos não tinham tanto o controle da situação. A televisão não existia e o povo, teoricamente, tinha mais tempo para refletir, ao invés de ficar fritando o cérebro em frente a novela das 8.
Viver intensamente. Como é possível isso se tudo está impregnado de um pouco do que eu repulso? Eu tenho ojeriza à atual constituição mundial. Ao conformismo das pessoas e à falta de interesse.
Do jeito que as coisas vão, quando eu tiver meus 65 anos e estiver prestes a morrer, vou ver que valeu tão pouco a pena. As coisas estão piorando exponencialmente. As próprias pessoas se convencem que devem obedecer a absurdos. Não têm consciência de que são livres e que o que lhes controla são apenas uns pedaços de papel com escritos e carimbos. Que são um monte de gordos fracos, que só fazem comer e encher-se de dinheiro.
Quando se fará o levante? Quando os oprimidos se rebelarão e subverterão a ordem, em prol de uma sociedade mais igualitária?
Se pra que isso fosse possível só fosse necessário que eu visitasse cada casinha humilde deste mundo, eu faria sem a menor hesitação. Largaria tudo em prol disso.
Não que eu esteja me dando por vencido antes de ir à luta, mas pelo pouco que tenho feito aqui, já sei até como se finalizará meu possível ato. Tirando o fato de que muitas pessoas sequer entendem o que significa liberdade (até porque existem várias interpretações), muitas sequer concordariam que estão sendo sacaneadas. Outras seriam egoístas e diriam que isso não é problema delas. Diriam também que não se importam muito com isso. Viriam os preguiçosos falando que isso dá muito trabalho. E por fim, os conformados que diriam que as coisas têm que ser assim mesmo.
E por fim, eu na minha cadeirinha de balanço, 65 anos de idade, fumando um cachimbo e com lágrima nos olhos. “Será que valeu mesmo a pena tentar convencer esse bando de infelizes que está tudo errado?”
Não pretendo dar uma de conformista agora, mas lidar com pessoas é complicado. E, como era de se esperar, cada dia que passa eu me decepciono mais com a humanidade. Acabo voltando-me para mim mesmo e insurjo em prol da minha própria liberdade.
A arte de desobedecer, serve pra mim como um conforto. Porque mesmo que todo esse rebanho de oprimidos não se dêem conta de que eles são inertes e propiciam a hereditariedade do sistema, eu me dou ao luxo de me confortar por fazer algo que eu realmente acredito.
Se os mais fortes sobrevivem, veremos então quem é que leva o prêmio no final. Força tem a ver com perseverança e não com conformismo. Por mais que a cegueira generalizada impossibilite uma melhora, eu me responsabilizo por libertar pelo menos uma pessoa neste mundo. Nem que esse alguém seja eu mesmo.
Se nada der certo, o que eu posso esperar mesmo e ser abduzido por algum ser evoluído. Já que as pessoas estão tão presas a isso aqui, eu não farei tanta falta assim.

Anderson Gomes Bastos

terça-feira, novembro 07, 2006

EXIJA O IMPOSSIVEL

Eu deveria estar dormindo agora. Tenho aula amanhã às 7:30 e já são 3:30. Mas bem, foda-se, eu não preciso necessáriamente obedecer a qualquer coisa que seja, se eu quiser. Estou inflamado pela amável verdade semi-absoluta: Nada é verdadeiro, tudo é permitido.
Apurei aqui a minha contribuição para tudo isso que me rodeia e que, possivelmente, existe. Apurei, o fato de eu questionar certas coisas e me inconformar com uma quantidade consideravel delas. Mas, o pior de tudo, senão a desgraça generalizada, é que isso fica no plano mental. Onde estão as ações? Onde está minha resposta a alguma-coisa-que-me-fere ? Seria eu um vegetal que enraizado casualmente aqui apenas vou seguindo em direção ao sol? É uma merda mesmo. A sensação de inutilidade é a pior de todas, e eu, por tabela, vou por esse caminho. O pior de todos os homens. Inconformado e inerte.
Eu sei que existem alguns semelhantes a mim por aí. Mas porra, é foda. O mundo é regido por uma minoria egoísta, que se auto-regula e faz o impossível para deixar uma sementinha em cada ser humano para que esse sistema seja eterno. Hipocrisia. Alienação. Indiferença. Conformismo. Interesse. Enfim...
A filhadaputice disso tudo é que as coisas são muito simples. MUITO simples. E a desgraceira é que todo mundo é educado (ou des-educado) a crer que normalidade é essa escrotidão que fica desenhada entre um prédio e outro, em cima dos asfaltos ou em out-doors. Ninguém liga pra essa merda que eu estou escrevendo. Se isso aqui estivesse estampado num jornal, alguém limparia a bunda sem nenhuma exitação.
O que eu quero dizer? Ser, você é livre. Você caiu de para quedas nesse joguinho aqui chamado existência. Não se submeta às coisas que lhe enfiam por trás só porque você tem que alimentar seus filhos ou a você mesmo. Não se come dinheiro, e ele não é a melhor coisa do mundo (talvez você nunca concorde ou entenda). O mundo não é de ninguém. Não existe propriedade. Não se deixe intimidar por arames-farpados e pedaços de madeira. Não se deixe intimidar por um 38 ou sirenes com bonequinhos-fardados, ou até mesmo, jaulas para humanos (eles não podem aprisionar sua mente).
Se você se sente confortável com seu emprego, seu carro do ano, sua namorada ou namorado, sua casinha, sua família, seu cachorro, seu gato, sua iguana, seu canário, seu violão. Que bom. Mas entenda, ser, o mundo não é só tudo isso. Você é sustentado por milhões (milhões? só isso?) que vivem na miséria. Seu carro custou a morte de vários, a fome de vários, a tristeza de muitos.
Talvez você seja um filho da puta egoista mesmo e vire as costas pra tudo isso, já que você, teoricamente, é um bem sucedido. Mas, é por causa de um punhado de "você" que o mundo está assim. Se você não for nenhum desses, pense um pouco. Passe a refletir sobre os seus atos e sobre sua contribuição com o todo. Desconfie dos meios de comunicação, principalmente a tevê, que tem como principal intuito, sustentar toda essa caganeira que está por aí.
Converse com seus amigos, filhos, avós, tios, sobrinhos, irmãos, sobre isso. Cada pessoa que se tornar menos nociva à sociedade, já é um ponto a favor de todos (a favor da limpeza da merda humanitária). É sério, faça sua parte. Ligue pra seus amigos, imprima isso e saia jogando em correios alheios. Interfone pra desconhecidos. Passe esse escrito adiante, e-mail, correntinhas, orkut.
Se ninguém entender o que eu disse, tudo bem, afinal de contas, tudo isso é maravilhoso. SEJA REALISTA, EXIJA O IMPOSSÍVEL, inclusive, um mundo melhor.

quarta-feira, julho 26, 2006

A Saga do Cocô do Cavalo do Bandido

(Frustração)

O sorriso de alguém, certas vezes, custa a lágrima do outro. O bandido é preso, morto, chutado pra fora da cidade, e o mocinho fica com a bela moça. Alguém tem que se dar mal. Acho que ninguém liga pra o bandido... Eu não sou o mocinho, deve ser por isso que eu estou pensando isso.

Isso aqui não é o relato de feitos heróicos. Na verdade, nem feitos existem por aqui. No meio do caminho havia uma montanha, quando não era isso era um abismo. Buracos, pedregulhos, que seja! Algumas vezes nem tinha nada que atrapalhasse meu livre transito. Só que meu costume por obstáculos de dimensões absurdas me faziam recuar, sem mesmo tentar pular ou escalar o nada.

Eu nunca fui o melhor da minha turma, nem o pior. As notas não era "meu Deus como essa criança é estudiosa!" mas também não eram "meu Deus, que desastre!". Quando agente é criança as coisas tristes nem têm valores tão grandes. Acho que algumas crianças aspiram serem destaque em algo, devo ter sido algo do tipo. Minha história não tão bela começa mais ou menos nessa época. As coisas não dão certo e isso se acumula, acumula, acumula... Chega uma hora que esse monte de lagrimas-de-outrem (nesse caso, minhas) são o principal motivo da infinitude de insucessos.

Ou não. Se eu sou realmente o bandido, fiz por merecer. Os bandidos sempre se dão mal, todo mundo sabe disso. Bandidos são apáticos e sem merecimento de atenção. Sou o bandido, claro! Se alguém tirasse uma foto com muitas pessoas, eu, certamente, me perderia facilmente no meio de tantos. (Sempre fui meio coadjuvante nas coisas). Porém, veja bem, eu sou um bandido esforçado. Depois de ter muita barba na cara e de perder a altura da cordilheira que se estende a minha frente, foi que eu, humildemente, entendi a minha situação.

Eu bem que gostaria de ver os outros chorarem, algumas vezes. Não estou sendo injusto, entenda... Quantas pessoas riram a minhas custas? Quantas coisas eu quis e fui ignorado pelo diretor do filme? Se bem que eu hoje em dia ignoro mesmo o diretor. Eu não pedi esse papel (ou pelo menos não me lembro de tal fato). Sorrir as vezes é tão bom... Tem gente me devendo umas lagrimazinhas, nem que sejam aquelas contidas, no fundo do quarto, no escuro...

No meu dicionário só existem poucas expressões e uma palavra pra tudo isso: Excesso e falta de expectativas. Falta de respostas. Ser ignorado. Sentir-se mal ao ponto de doer. Chorar sem desabar. Sorrir chorando. Chorar pelo sorriso. Frustrar-se...

Ah, vida boa essa de mocinho. Arrisco até a dizer que eles têm tanta confiança que um buraquinho de nada ou uma pedrinha idiota (claro, eles também passam por caminhos emocionantes) são facilmente liquidados pelo seu escudo otimista. E, o melhor, rir da cara do panaca que imaginou ter alguma chance contra aqueles dentes branquíssimos e sem cáries. Dentes de galã.

Se bem que quando o herói cai, a queda é bem pior. O vilão, coitado, já ta na merda mesmo, vai reclamar de que? Agora, eu, o bandido-mór, nunca caio. O meu saudabilíssimo pessimismo amortece qualquer coisa, parece que eu desci de escadas! É divertido descer as escadas. As vezes eu até curto isso, me chateio quando acaba os degraus e eu volto ao apático e plano chão. Sem graça...

Tem vezes que eu me empolgo tanto na decida que eu acabo cavando e brincando de me enterrar. O heróizinho de merda nunca cava. Ele ta lá, cheio de maquiagem e completamente confiante. Ele cai, quebra uma perna ou duas, joga a corda, volta pra a floresta pra treinar e mata o bandido.

O pior de toda a história são as mocinhas. Não precisa ser herói ou bandido pra descobrir a verdade indubitável da vida. O pior da história, realmente, são as mocinhas. O bandido é bandido por causa dela. O mocinho mata por causa dela. O vilão cava por ela. Experimenta tirar a donzela da história... Não vai existir mais mocinho e bandido... Nunca que eu irei querer ser a mocinha (até por fatos que dizem respeito a minha masculinidade). Elas conseguem ser piores que os bandidos, tenho certeza. O bandido todo mundo sabe que é aquilo mesmo. Ele não tira onda de bonzinho, não da pra disfarçar. Elas não, de acordo com a ocasião mudam o que quer que seja para satisfazerem qualquer coisa que imaginarem.

Ah mocinhas, quantas lágrimas eu dei de graça pra vocês hein? De graça mesmo, não ouve merecimento que não seja a auto-afirmação, o fortalecimento-do-ego ou o prazer interior. Isso não é o sorriso, é um sentimento egoistíssimo! Depois que compreendi meu papel, até que aceito descer até o fundo e cavar para dar um pouco do mostrar-os-dentes para alguém... Agora isso de auto-sei-la-o-que é babaquice do roteiro.

E assim crescem-se montanhas, vales, cordilheiras, e todas as falhas geográficas possíveis que têm como objetivo obstruir o caminho de um pobre coitado. Como eu, bandido e solitário. Eu e meu cavalo. De longe até da pra da uma disfarçada de bonzinho. Mas, todo mundo sabe, o herói é que é o bonzinho. O herói se dá bem. Logo: eu não sou o herói. O herói é o melhor da turma. O herói teria realizado boa parte de suas ambições. Ele sorri sem motivo, sem precisar, algumas vezes, arrancar lagrimas de ninguém, claro, ele é bonzinho.

Eu li algo certa vez, sobre doce e amargo. "O doce nunca é tão doce se não fosse o amargo", essas coisas que se encontra no verso de caderninhos adolescentes. Não existe doce pra mim. O amargo as vezes é meio doce, e a história termina aí. As vezes eu penso que eu já me acostumei tanto a essa condição, que chego a gostar do amargo. Parece que aquela lágrima que não caiu exteriormente equivale a um montão de risos. É como amor e ódio, são quase a mesma coisa, são extremos.

Na verdade mesmo, eu nem vim reclamar do meu papel. Se não fosse essa gigantesca falha geológica que tapa minha visão à frente, eu não teria o bom senso de, ocasionalmente, sentar ao pé dela e olhar pra o céu. De noite é bonito, eu gosto das estrelas, gosto de aspirar qualquer coisa que seja, mesmo sabendo que não vai dar muito certo. Uma chuvinha de açúcar por aqui claro que não cairia mal. Eu sei que chuvas são salgadas e cheias de poluição...

Olhar pro céu me faz um pouco mocinho as vezes, quem sabe até, sorrir estranhamente. A minha maneira, ao avesso, penso eu que esteja conseguindo seguir algum caminho. Não sou o melhor dos bandidos, eu sei, mas pelo menos eu consigo sair dos buracos sem danos físicos e com vontade de descer novamente. Não vou dizer "meu Deus, como é boa essa vida de bandido", mas não é pra tanto. Não me sinto em nenhum extremo, apenas próximo ao não mais agradável dos dois... Agora, aquela chuvinha doce, nunca que eu irei recusar. Se bem que se existir uma mocinha bandida, não precisa nem chover.

sexta-feira, junho 30, 2006

Insônia

E se esse papo de dizer que a mente pode nos levar aonde quisermos ir as coisas vão mal pra mim. Imagina se realmente quando eu bater as botas eu for pra um lugar qual eu acho possível. Estranho... quer dizer... mais estranho seria se eu não fosse pra lugar algum e simplesmente puff! Desapareci.
Outro dia desses estava imaginando o quanto de coisas são meio que desperdiçadas descaradamente. Direto aqui em casa eu fico sozinho, pensando, etc. Só que do jeito que eu sou, as vezes falo sozinho e tal. Seria engraçado pra quem está vendo, se tivesse alguém vendo, mas eu to sozinho pô. Não consigo conceber a idéia de que ninguém está me escutando, muito egoísmo eu falar comigo mesmo.
Isso é mais engraçado do que coerente? Talvez, mas eu me sinto meio convicto da primeira afirmação que fiz. Se eu puder criar um sistema que acolha este aqui, sem preocupações para mim. E bem, sozinho em casa, você sabe: lava prato, varre a casa, essas coisas que as pessoas costumam fazer e acabam ocupando a cabeça com outras coisas...
Numa dessas idas às idéias eu primeiramente começo analisando as pessoas. Penso que tanta gente aí não deve nem ter essa capacidade, analisar as coisas. Esses por aí que sequer conseguem se comunicar com outras pessoas e nem doentes são. Daí eu parto pra o princípio que essas pessoas, como não pensam, desaparecerão. Puff!
Já eu, que penso que penso, nem sei muito bem da minha estadia próxima. Mas, me ocorre um lugar até interessante e, como todos os outros lugares, extremamente possíveis (ou não).
Um outro ambiente. Não se trata mais de corpos e coisas que existem aqui, nada disso. Só existe a sua mente. É como se você estivesse de olhos fechados - o cara morre, pá, olho fechadinho, todo mundo morre assim. Aí sim, aqueles momentinhos sozinhos meus terão algum sentido, eu acho. No meu modelo, também existem outras pessoas, claro, porque são outras opiniões e mentes que fazem com que isso não seja tão mórbido (tá certo que o cara morreu...).
Bater as botas é só a outra fase pô, como engravidar. Engravida, 1ª fase (Mete na menina 1ª fase). Depois que tu morre você sobe o degrau (não lembra não... sempre rola na tevê dizendo que o cara foi pro andar de cima...).
No outro degrau o corpo não pode subir, como eu disse. O sistema é mais ou menos o mesmo: mentes sem nada, cheias, fechadas, tristes, desinteressadas, alegres, idiotas e até as sem rótulos. E bem, como o centro agora meio que é o corpo, o próximo provavelmente serão as mentes né? Elas se olham e enxergam o que estava bem escondido.
Doideira isso né, eu admito... Eu também não estou nas minhas melhores condições. E ah, por via das dúvidas nem vou me agoniar mais com isso. Não lembro de ter conhecido alguém que tenha voltado.
Mas peraê... se por acaso as pessoas não voltarem? É estranho de qualquer jeito, eu não tenho certeza de nada - talvez esteja certo de que não estou tão sóbreo. Talvez nada disso seja importante. Talvez não exista importância...
Ai como eu queria ser uma pedra. Uma pedra não precisa ir pra lugar nenhum... Elas sempre estão ali, como só as pedras, lindíssimas e robustas, conseguem estar; paradas, inertes como uma pedra. Imagina só, eu nem sequer sentiria que seria uma pedra, pedras não precisam disso...
(Em compensação, pedras não sentem o resto. Pedras não dão risada. E bem, pedras não ficam fora de si nem tropeçam nas pernas...)
Se essa história de degrau (tropeçar no degrau, trocadilho, pá) for verdade, eu acho que eu era uma pedra hein? E sim, acabei de me lembrar que era uma pedra. Me arrependi, como só uma pedra idiota e parada no chão sabe se arrepender. Talvez seja melhor aqui mesmo, eu me conformo.
Mas pra que esse segredo todo? Porque não me disseram logo que ia ter outro andar no shopping center? Ia ser melhor pô... o passeio é bem mais divertido quando se tem uma idéia dos momentos de adrenalina e descanso que se passam pelo caminho. Se bem que um pouco de suspense pode cair bem né? Se o próximo passo for me conformar eu acho que daqui a pouco eu vou deixar esse piso hein... Se essa história de dizer que as pessoas eram pedras antigamente, eu acho que tem mesmo sentido. Elas voltam a ser o que eram antes, paradas como pedras e dentro de caixas de madeira. Pedras pedras... Tudo isso só porque tropecei em uma quando tava voltando pra casa. Pensando bem, acho que vou curar toda essa inconstância lá no quarto... (como só as pedras sabem).

sexta-feira, junho 02, 2006

Unidos: Iludidos, Egocêntricos e um Maluco

Tem uma coisa que impera na índole dos seres humanos, que diz respeito a sua importância e dever sobre todas as coisas, com a qual eu não concordo. Vamos começar com um exemplo bem simples: Eu vou morrer assim que terminar de escrever esse texto. Minha possível importância? Eu acho que nenhuma. Várias explicações sobre essa corriqueira fatalidade.
Pra começar, o fato de que existir e bater as botas faz parte do processo. Acho que poucas pessoas discordariam de que é extremamente normal nascer e morrer. E onde está a simplicidade nisso tudo? É óbvio pra mim dizer e entender que ninguém é importante. Algumas convenções podem fazer você achar seus parentes, seu cachorro ou qualquer outra coisa importante, mas, se você não fosse você, o que seria importante?
Viajando um pouco, se você fosse uma planta, uma mato de jardim por exemplo. O que seria importante pra você? Como você é um ser humano provavelmente, não poderá responder a isso, mas, digo de antemão que a resposta é irrelevante.
Se você fosse um planeta, o que seria importante pra você? E se você fosse o Sol? Pode parecer que eu esteja me contradizendo, já que parece que eu quero dizer que as coisas são feitas de pequenas importâncias e, então, você ganhou o troféu "pequena-importância-existencial". Recolha-se a sua insignificância porque não é nada disso. Se eu morrer depois de escrever isso, o que acontecerá com o planeta? E com o Sol? Certo, eu não sou tão importante pra servir como comparação... mas se formos todos nós? NADA. Isso é a nossa influência no restante desconhecido do cosmos.
Está na história da humanidade achar que é a enviada divina e que sua importância é incontestável. Certo, companheiros terráqueos, vamos nos comparar então. O que é normal relacionado às outras espécies? Vamos dizer que seja o instinto. Instinto humano, não lembro de ser muito influenciado por ele. Acho que esqueceram de me ensinar essa matéria na escola. Opa! Instinto foi substituído por normas sociais? Digamos que uma porcentagem considerável (de instinto) foi abafada por algumas invenções da nossa inteligentíssima espécie. O pior de tudo isso é que historicamente não tivemos qualquer espécie de senso de importância...
Exemplo: O ser humano é importante. Seres humanos respiram. Logo: O ar é importante. Comprovação disso: Nós poluímos porque somos inteligentes.
Exemplo2: O ser humano é inteligente e importante. Outras espécies são inferiores. Logo: Só o ser humano tem direito incontestável à vida porque é o único importante pra tal. Comprovação disso: Grandes guerras mundiais, destruição da espécie por intolerância.
Somos (enquanto grupo ser humano) tão importantes que se deixássemos de existir, ninguém iria reclamar. Não estou recorrendo ao sistema metafísico, não é isso... Mas, considerando todas as outras coisas que já aconteceram, eu sei que as únicas pessoas que reclamam da des-existencia dos outros, são os próprios humanos (isso quando reclamam né?). No reino animal, acontece coisa semelhante, lógico, mas isso não diz muita coisa. As coisas continuarão existindo mesmo quando nossa importantíssima presença não se manter.
Agora vamos relacionar isso com o fato de eu deixar de existir quando terminar de escrever. Começando pelo contexto social. Familiares, lamentarão, amigos lamentarão, conhecidos lamentarão. Ponto. Duvido muito que o Sol se importe, ou que Vênus se importe. Será que pelo menos a lua, que está bem próxima se importará? De qualquer maneira, o fato dela se importar ou não é apenas uma lindíssima forma de eu me sentir menos insignificante, mas, ela continuará existindo, importando-se ou não.
O erro nisso tudo que eu disse é que fica parecendo que a Lua, o Sol etc... É que são importantes. A realidade destruidora é uma só, e provavelmente, ninguém concordará. Nada é importante. O que é preciso pra ser importante? Bem... importância é uma coisa inventada pelos seres humanos. O oxigênio pode ser importância pra alguns seres existirem e tal, mas isso não chega a ser um absurdo. As coisas existem, isso é normal, ponto. Esse lance de comparação é uma coisa muito humana, as pessoas fazem isso consciente e inconscientemente. Eu fiz durante boa parte desse texto, você continuará fazendo enquanto lê e vai fazer o restante da sua normalíssima existência.
Você poderia pensar: Se nada é importante, porque existimos? Resposta: Sei lá. Mas o fato de existirmos não nos dá nenhuma importância, sinto muito. Você, provavelmente, impregnado de valores sociais, deve pensar que uma formiga não é tão importante. Uma formiga existe, certo? Porque então ela não é tão importante quanto você já que ambos pertencem ao mesmo conjunto? Resposta: Humanos adoram estar no topo da pirâmide. Imagina que complexo de inferioridade seria da nossa espécie se de uma hora pra o presidente respeitadíssimo da gloriosa ONU dissesse: - Amigos da nossa unidíssima humanidade, somos tão importantes quanto as baratas de nossos esgotos, as formigas de nossos jardins e as bactérias de nossas bocas.
Um ser humano não faria isso. É um valor tão impregnado esse de "endeusar" as coisas que existem, querer dar muito sentido nas coisas que ficam diante dos seus olhos. Eu faço isso, é óbvio. Eu sou um ser humano (ó que descoberta...) . Só que eu tento dissociar de mim alguns valores, e, cheguei a essa conclusão...
Mas diante de tudo isso, ocorre um probleminha só. Se todas as pessoas pensassem assim, mesmo que não completamente conscientemente, a vida seria meio quadrada por aqui. Seres humanos acabaram se habituando a se iludir e tal. Imagina se as pessoas não acreditassem em uma teoria sobre o paraíso, ou sobre reencarnação... Vai muito além de teorias serem verdadeiras ou falsas, não estou discutindo nada disso. O lance de se iludir é uma coisa tão impregnada que quase ninguém percebe isso.
Aquela velha história, parece até um joguinho; Nasce, estuda, dinheiro, filho, morre. Entre uma vírgula e outra existem ações que prendem os humanos cada vez mas, fazendo-os acreditarem em sua sociedade incontestavelmente. Exemplo: Acreditar que dinheiro é importante. Isso lhe prende a estudar (ou qualquer outra coisa que lhe leve às verdinhas), que irá influenciar seus filhos. Entre outros valores que se relacionam às moedinhas (não vou me prender a isso, senão eu só irei falar de dinheiro daqui pra frente).
O que eu questiono em suma, não é nem as clássicas "De onde viemos?", "O que somos?" e "Pra onde vamos?". O fato de nossa sociedade ser praticamente cem por cento do tempo baseada na ilusão, causa uma valorização a coisas banais que acontecem sempre, continuarão acontecendo e, você acredita completamente nisso. Observação: você é só 1 milionésimo de um resto de poeira no universo.
Quem sabe até isso tudo tenha sentido e eu sou o maluco que é do contra e não concorda com a simplicidade. Mas, no mundo que eu vejo e nas coisas que acontecem por aqui, eu não consigo acreditar que as coisas sejam tão idiotas assim. Se as pessoas conseguem valorizar o dinheiro e considera-lo um Deus, com a existência pode ser a mesma coisa. Seu eu for maleável, e você (caso discorde de tudo que eu disse) for um pouquinho também, vamos chegar mais ou menos a essa conclusão: Existir é tão importante assim? Nem tanto hein...
"Oh meu Deus, dê valor a sua vida, você só tem essa". Não é mais uma questão de dar valor a alguma coisa, é algo como achar que tem alguma importância. E como eu sou um nada em relação a tudo que existe, e, sabendo que se eu deixar de existir depois de terminar de escrever isso continuarei não sendo muita coisa, vou voltar a minha vidinha humana a qual estou habituado. Quem sabe eu consiga me iludir o suficiente pra acreditar no dinheiro e na vida, quem sabe até um dia eu seja tudo aquilo que eu sempre critiquei, mas, pelo menos inconscientemente eu sou o mesmo resto de poeira que fica lá no fundo do universo e que não tem muita importância pra o todo. Um nada pensante que tenta dar sentido a alguma coisa.

terça-feira, maio 16, 2006

Relatos de Um Herói

MP3 Da Musica: http://rapidshare.de/files/20808067/Anderson_-_Relatos_de_Um_Her_i.WAV.html

Música feita em Jequié City, ontem, 15 de maio de 2006
Se eu conseguir um dia, colocarei ela no rapidshare, ai vai dar pra baixar ela.

Relatos de Um Herói

Tristeza.. dentro de mim
Eu choro e penso:
Não tenho o que perder
Se já nada tenho e nada espero
A não ser, a hora final
A escuridão irá me deixar descansar

Eu sou, um herói incompreendido
Por que é mais fácil se iludir?
Eu sei, que não fui o primeiro
Mas só ouço o eco da minha voz.

Eu não acredito em humanos
Mas quero me iludir com uma falsa melhora
...e na memória, saberei
Que fui um ser, um pobre ser
Sem importância...
Inutil, sem vida...

Eu sou, um herói incompreendidoPor que é mais fácil se iludir?
Eu sei, que não fui o primeiro
Mas só ouço o eco da minha voz,
e me cansei
cansei.

sexta-feira, abril 14, 2006

Acabou. Game Over. Adeus.

Faz bem um tempo que não escrevo. Não que não tenha ficado triste o suficiente pra conseguir me entregar totalmente a um desabafo, pois sim, todos meus textos são desabafos, mas porque eu não tenho visto mais nenhum motivo pra fazê-lo.

Observe... Está virando um circulo vicioso. Parece que as coisas que escrevo se repetem sempre, parece que não sei escrever sobre outra coisa... ou, talvez, esteja enjoando de mim.

Tá, tá... eu não sou a melhor das pessoas pra falar sobre enjoar das coisas. não vejo muita graça em existir, em dar risada, em assistir um bom filme, conhecer uma garota, ou sei .

Existir, como eu falei, é uma coisa normal. Tão normal que eu nem consigo achá-la deslumbrante... Posso compará-la com estereótipos. Um exemplo bem gritante: existem pobres, ricos, medianos. Eu não me encaixo em nenhum deles. Não porque não tenha nada a ver, mas porque não quero (isso é um exemplo). Ok, eu não vou conseguir explicar isso. Burro! Burro!

Ah, acabei fugindo. O que queria falar era sobre existir. Porque existir, pra mim, não é algo deslumbrante. Existe um jeito fácil de explicar isso. Existem dois tipos de pessoas, as que gostam e as que não gostam de viver. Errado. Outra generalização... Existem 3 tipos: gostam, não gostam, indiferentes. O mundo não é sim ou não. Não mesmo.

Eu sou indiferente.. pra mim é normal. Enquanto pessoas se matam por não gostar (literalmente), ou por gostar (suportar varias coisas pra continuar existindo), eu simplesmente negligencio. Uma verdade universal, pelo menos no meu mundo. Vai morrer eu, você e todo o resto. E isso vai terminar quando realmente tudo acabar (a menos que exista o eterno retorno, alguma hora tudo isso vai voltar, quando o universo se recompor).

***

Universo se recompor: pense numa pulsação. Ela vai e volta. No meu mundo as coisas são assim, como um coração. Uma hora ele vai se contrair completamente ("fim/inicio") e depois ele vai ficar totalmente gordão, expandido ("meio"). A contração total é o fim da antiga expansão e inicio da nova expansão. Se o coração nunca parar, isso será um eterno retorno.

***

E bem, o que diabos tem tudo isso a ver com eu não conseguir escrever? Bem, esqueça sobre eu não conseguir escrever. Se você está lendo até agora é porque não está tão chato continuar passando o olho por essa palavra que se estende sobre o papel. E, pra não ser sacana, eu consigo escrever. Minha mão desliza sobre a folha e eu não sei quando parar. (hahaha ... Mentira, eu sei sim...)

Como eu falei, escrevo quando estou muito triste. Observe, quando a tristeza acabar o texto acaba. ( pensou se eu escrevesse comédias? Você estaria rindo com minha desgraça - literalmente - literalmente? Trocadilho infame...)

Mas que seja, deixa eu pelo menos terminar o que falava quando dava exemplos: graça em existir, em dar risada, em assistir um bom filme, conhecer uma garota, ou sei .

Bem, dar risada é mais por sentir-se inútil quando a graça acaba. Vou dar o exemplo mais infame possível: Homens se masturbam (relaxe, ainda nem comecei...) e mulheres também - mas eu não sou mulher e não sei se isso acontece... Pois bem, no começo é legal e tal, aquela cócegazinha, aquele xixi que vem depois da ligeirada pra cima e pra baixo. Mas, depois de 18 anos nas costas isso é uma coisa horrível. Ridícula, horrível, deprimente. Você deve solucionar a charada com - sei, você se sente um idiota por não estar com uma garotinha no seu quarto, ahá! - Nada disso. Existem uma coisa chamada DPP. Depressão Pós Punheta. Eu não sei explicar, mas é horrível. Depois que a cócegas, a qual você está muito acostumado, passa, você se sente mal - Porra, pra que eu fui fazer isso? Tão em vão...

E bem, quanto a sorrir... se é que você lembra do que eu estava falando... tá, eu sei que está chato e você não quer chegar até o final (que nem eu sei onde é), mas pense, é minha tristeza que esta aqui.. você vai negligenciar minha tristeza assim tão descaradamente?

Sim! Sobre a inutilidade do riso. É a mesma coisa. DPR. Depois de rir muito eu me sinto ridículo... "Vai seu palhaço, ria de novo agora vá. Vai rir de novo seu idiota, cedo ou tarde vai ficar triste". Algo a ver com a inutilidade de existir? (cedo ou tarde você vai morrer), não sei. Talvez eu seja maluco... Pareço confuso?

Ah, bem lembrado. Quem disse que as coisas precisam ter lógica? Mas você vai dizer - Você é maluco mesmo, tava falando de lógica, então o que você fala da vida é mais sem lógica do que parece, que não precisa ter sentido em existir... - Oh, grande gênio da humanidade, eu não critico a lógica. Sequer critico pra falar a verdade. Existir e rir são duas coisas normais, porque eu deveria "endeusá-las"?

Então ser feliz é normal? Ser triste talvez? Ser normal é normal? Ser é normal? O que é normal?

Deixa eu pensar. Apesar de isso não ter nada a ver com o que eu comecei a escrever, vamos ver se eu respondo algo... No meu mundo, ninguém é feliz.

Me disseram uma vez - Felicidade cara, são jóias preciosas, você guarda elas e depois vai se nostalgiar, ou felicitar, com a beleza que elas têm. - Mais um caso típico de endeusamento. Ser feliz merece tanta atenção assim? Melhor, felicidade merece tanta importância? Talvez você pense: Cara, você é maluco mesmo.. por isso que você fica triste, porque você não da valor a felicidade.

AHA! AGORA SIM. Isso responde duas coisas: a inutilidade da vida e sobre ser feliz. Observe, a vida é sagrada (pra alguns). Felicidade então.. deve ser uma coisa absurda. Não acha? Diga se você consegue achar uma coisa mais importante que a felicidade... Endeusar a vida está no mesmo ritmo, é você comparar.

OK.. isso está ficando confuso. No meu mundo, o normal é estar, Ser é uma coisa absurda que todos querem. Querem ser bem sucedidos profissionalmente, socialmente, economicamente, pessoalmente quem sabe... Feliz, triste, normal. Tanto faz amigo leitor. Todos estão, ninguém é constante. O cara pode até ser bruto. Extrema felicidade -> Morte. Extrema Tristeza -> Morte. os normais sobrevivem. EU SOU NORMAL, AÊÊÊÊ!!!

Eu sou? Que maravilha saber disso.

Ai que merda. Acho que não sou não viu.. voltemos à tristeza profunda. Talvez essa teoria se aplique às pessoas que observo.

Eu não me observo... Eu mal me interesso por mim mesmo. Mal me interesso por minha vida... O que é um normal no meio de um monte de maluco? As vezes penso que sou eu. Talvez os outros estejam se matando por ai, eu sobrevivo, mas nem percebo a carnificina que rola do lado de fora.

Que seja. As outras duas comparações: Graça em assistir um filme e em conhecer uma garota, é a mesma relação com o riso e a existência. Coisas que acabam e que me deixam com cara de idiota porque elas simplesmente acabam ali, daquele jeito. Acorde seu normal. Game Over pra você. Acabou a diversão.

Pô, acho que é vazio. É isso! É exatamente o vazio que me chateia. Todas essas palavras que escrevi traduzem meu vazio. Em cada letra está um pouco de minha tristeza. Meu vazio. Meu nada que sempre me acompanha. Meu nada que me faz ser normal, quem sabe. Meu não motivo pra achar graça em tudo. Meu desmotivo para ver a graça num pôr-do-sol, uma graça suprema diria... um pôr-do-sol é bonito, convenhamos, mas porque não é uma coisa tão constante... Alias.. é constante. Acontece toda hora... Mas cara, aquele vermelho no céu, as nuvens vermelhas. Sim sim, é bonito mesmo. Supremo? Sagrado? é querer demais de mim. Mas, graça. Não não.. sinceramente não acho.

E claro, está aqui o relato de minha tristeza. Pouco mais de uma hora aqui, ouvindo Muse, pensando em algumas pessoas que gosto mas que não posso conversar. Pensando no meu futuro, pensando que vou me mudar dessa cidade grande. Pensando em quão inútil ficou esse texto.

Droga, ninguém vai ler isso. Alias, que nada a ver. Pra que eu estou escrevendo isso? Game Over pra você e pra mim. Acabou a diversão por aqui. Estou normal, ouvindo Muse. Sim, normal. Vou dar esse texto pra alguém. Alguém dirá. Triste, Feliz, Sim, Não. Sinto isso muito desprezível. Ninguém vai ficar tão triste como eu. Ninguém vai sentir o que senti. Opa. Não quero ter que escrever outro texto pra curar essa DPT. Ai droga... de novo não... Nunca mais escreverei de novo. Circulo vicioso.

Anderson Gomes Bastos