sexta-feira, abril 10, 2009

A DERRADEIRA

Entre a ilusão e a resignação




Capítulo I
Este é o momento. A hora derradeira, onde tudo que foi feito vai ser analisado finalmente. E não é qualquer julgamento vão, cheio de preconceitos e idéias fracamente concebidas. Aqui se está a analisar a capacidade de aceitação, redenção e finalmente, o tão sonhado reconhecimento.

É necessário entender que assumir não é a única coisa a ser feita. É necessário vestir o alvo e aceitar os tiros que virão. Se não vierem, esperar, e muito, para que chegue o dia do perdão. É a mudança. Anos serão analisados até aqui. E o passado? Sim, este monstro qual você tem se escondido por tantas décadas vai estar lhe esperando e você precisa conversar com ele.

No início da manhã, depois de mais uma vez mal-dormir assistindo filmes até a madrugada, resolveu finalmente ir ao trabalho. Mais um dia cansativo que lhe renderia as energias do dia.
A solidão da casa dava um vazio para a manhã. Os filhos já ali não estavam. A mulher, distante há um tempo. E ele mesmo, longo e enclausurado em suas neuras. Grosserias paliativas matinais apimentavam aquela solitária manhã, mas um sabor diferente estava pra vir. Eram os papéis.
Tão longamente esperados por todos. Tão certos e dignos de respeito. São os papéis da liberdade. A alforria que finalmente poderia ser assinada por aquele homem. Não um homem qualquer, mas o responsável pela desestruturada família e aquele casamento que já não cheirava a rosas há anos.
Pela janela do carro uma risada sem graça ao ler os ditos do envelope e a quem estava endereçado. Não havia mais tempo para pedir desculpas. Havia tempo para trabalho, para consumir sua mente com toda aquela decisão súbita. De alguma forma tentava se convencer, enquanto ultrapassava os carros, de que havia alguma salvação e que as coisas não estavam tão feias assim.
Tolice pensar assim, não só estavam irremediavelmente perdidas como era certo que daquele momento em diante tudo estaria a prova. O fardo de morrer sozinho poderia virar uma realidade imediata caso não aceitasse sua condição e as penosas conseqüências da vida que levara até então. Ao invés de se ajoelhar e esperar o castigo, resolveu utilizar mais uma vez suas táticas antigas de dominação, esperando que algo de bom acontecesse. Pobre homem.
Logo ligou para vizinhos e parentes. Disse que a mulher não podia de forma alguma fazer isso com ele. Que a vida toda dedicou a fazer o melhor para todos, que não lhe entendiam, que não haveria outra para viver a seu lado que não ela.
Categoricamente respondiam que ele fez por merecer. A arrogância e a auto-ilusão o invadiram imediatamente. Rapidamente disse que se ela não desistisse ele não daria um centavo e já a difamava, dizendo que haveria ela achado algum outro homem. Coisas do carnaval. Já estava ele a criar histórias e já começava a acreditar tanto nisto que ele já se sentia triste por se achar tão injustiçado a esta altura da vida.




Capítulo II
Não ligaria para seus filhos. Não conseguia enganar-se a este ponto. Ele sabia, no fundo no fundo, que eles não estavam na casa por sua causa. O mais velho, saiu já aos 18 anos, pois não suportava aquele tempestuoso ambiente. A mais nova, aos 17, foi também para outra cidade, pois não havia nada pior do que ver os maus-tratos a sua mãe e as descargas de violência verbal diária que recebia.
Mas antes de sair oficialmente, o mais velho passou por situações extraordinariamente absurdas, e que, certamente justificam seu afastamento e, de tão intensas, justificam a tendência a ignorar fatos, deste pai de família mentalmente conturbado.
Quando tinha 13 anos de idade, seu pai lhe perguntou se ele por algum acaso amava ele. Estava bêbado o suficiente para ser ignorado, pois era escandaloso e não havia o mínimo de entretenimento naquela situação. Era mais um dia daqueles, onde a adrenalina subia por causa do medo. Poderia ser ele que apanhasse, poderia ser a mãe. Poderia vir uma tragédia naquela hora. O pai sempre foi imprevisível.
- Não, não gosto de você. Foi a resposta e seu primeiro surto de coragem. Já chorava, mas não voltaria nas palavras jamais. O pai logo retrucou “Se não disser o contrário vai ficar de castigo um mês”. O menino nada respondeu e deu de ombros. Logo ameaças de agressão física vieram, mais choro. A mãe interveio, temendo o pior, disse que era brincadeira.
O assunto acabou mas perturbou o homem por meses. O filho havia parado de lhe chamar de pai. Era o que mais lhe afligia. Era tão difícil entender que ele havia se portado mal e justificava essas atitudes? Mas não, era mais fácil enganar a si e aos outros. Inventava histórias. Dizia que seu filho lhe humilhou uma vez. Esquecia das humilhações e de tudo de mal que havia dito.
Com seis anos forçou o filho a ver filmes pornográficos, temendo um caso, para ele, vergonhoso, de homossexualidade na família. Com nove lhe deixou debaixo da cama revistar pornográficas. E ao longo do tempo o carinho foi se perdendo, dando lugar a gritos e ao medo. Por vezes achava divertido mostrar aos amigos que se soltasse um grito forte o filho choraria, e assim fazia, e os ‘amigos’ riam.
Além disso, outras cenas fortes permaneciam bem vivas sobre o passado daquela família. O pai trancava a porta para que a mãe não fosse trabalhar e, posteriormente acabou perdendo o emprego. Logo vieram as traições e o desespero quando não voltava. Chegou até a passar um natal fora de casa, a amante que morava longe lhe esperava e ele, preferiu-a. O filho agradeceu aos céus por esse dia, mas logo ele voltou e a paz findou-se na casa.
Depois, ameaças. Dizia a esposa que iria jogar o carro em alta velocidade no mar. Batia nela sazonalmente. Espancou-a na frente dos próprios pais. Era descontrolado com a bebida. Batia o carro repetidas vezes. Estava levando todos consigo. Estava destruindo tudo a sua volta.
Seu único lapso de consciência veio justamente num acidente. Depois de ter vindo certa vez com todos no carro a 180 km/h, resolveu tentar a façanha novamente e espalhar a desconfortabilíssima sensação de morte eminente na família que viajava nas férias. O asfalto molhado avisava-o para diminuir, mas os 140 por hora era o que ele precisava mais. Respondia magistralmente ‘eu sou piloto’, e ainda ignorava e repreendia o pedido, coberto de lágrimas, dos filhos. Desequilibrado como era, não se sabe porque, ignorou a estrada molhada a noite e qualquer caminhão que viesse no lado oposto da pista.
Os gritos logo vieram. O carro derrapara. Um penhasco convidava o carro. Nada mais justo. Beber, dirigir e correr tem seus riscos. Uma mureta rochosa beijou o carro. A filha projetou a cabeça contra a janela de trás e, o filho, apenas rodopiou no ar e bateu-se contra o banco do motorista.
Então o choro despertou o homem. Ele desesperou. Poderia ter matado alguém aquele dia. O que havia ele feito? Porque era incapaz de refletir sobre seus atos? Porque traia sua mulher? Logo, com muito pesar levou o carro pro acostamento. Chamou a mulher. Assumiu a amante que todos, inclusive os filhos, já sabiam o nome, Elizângela, moradora do distante Marback. Disse que iria mudar, que aquilo era um sinal divino. Infelizmente, isso durou poucas horas e aquele homem disposto a mudar morreu pouco depois do acidente, dando lugar ao que sempre esteve ali.
Pouco depois disso, voltamos a cena com o filho e a coragem. Passaram-se meses e ele chega em casa sem uma gota de álcool no sangue, o que era pra ser um bom sinal. Mentira pura. Mesmo sem estar entorpecido, o homem estava possuído aquele dia. Achou por bem descontar no filho o desconforto do desamor. O filho deveria lhe tratar como pai por bem ou por mal, mesmo que não quisesse.
Se justificou na cara escola que pagava e na comida que colocava a mesa. A mulher que ele fizera perder o emprego já não podia contestar tanto, pois temia uma represália maior aos filhos. Ele no entanto, justificava seus atos por sua infância. Seu pai lhe espancou com murros, sua mãe, com pedaços de pau. Tanto apanhou na infância que talvez tenha adquirido uma vontade de passar adiante esse legado violento. Alem disso, utilizou os estudos como refúgio, com o tempo começou a se achar melhor que os demais e daí vem seu problema com convicções e ilusões.
Ao chegar pediu a benção dos filhos. O mais velho logo pensou que não faria pois o pai não era digno de tamanha coisa. A filha, com medo, imediatamente fez e foi dormir. O filho ficou na cozinha, esperando que ele se distraísse. Subiu as escadas e deitou na cama, esperando dormir logo e que aquela noite estranha terminasse logo.
Não deu tempo de cochilar. Logo veio o medo intenso. Seu pai o chamava ‘venha cá seu moleque’. Ele haveria de descer as escadas. Haveria de confrontar com a violenta realidade. O monstro havia despertado. O amor não havia e o ódio era fundamentado cada vez mais.
‘Você pensa que eu sou besta? Você pensa que eu sou otário é?’ E logo o sermão da benção começou. Disse que tinha que ser respeitado pois acima de tudo era o pai. Era ele quem lhe sustentava. Ele lhe devia. Lhe devia tudo por causa dessa responsabilidade anterior de ter engravidado a mãe, mesmo que significasse ser humilhado durante toda sua vida.
O filho logo disse que não fez nada, tentando apaziguar, mas corajosamente disse que a benção não pediria. O pai gritava já. Dizia que sabia que o filho não gostava dele, mas disse que a partir daquele momento ia gostar, pois se não gostasse ia apanhar toda vez que demonstrasse.
Empurrou-o para o sofá e encomendou diversos socos na boca e no rosto do filho. Os braços magros não conseguiram diminuir o impacto daqueles gordos punhos. O aparelho dental que possuía piorava ainda mais. Seus lábios grudaram no aparelho, seu rosto ensangüentado e o rubor facial demonstrava o excesso de lágrimas que proferira.
A mãe unicamente dizia ‘já está bom’. A prima que lá morava o ajudou a limpar-se e a irmã só chorava. Era mais uma cena que o pai havia criado na casa. Mais uma atitude desequilibrada. O filho finalmente dormiu. Antes disso, cogitou ir embora dali e morar na rua. Cogitou fortemente. Mas essa hora chegaria, ele só precisava planejar.
O pai pediu desculpas sinceras pela ultima vez. O filho se sensibilizou, também pela última vez e alguns meses se passaram. Até o pior dia daquela casa, que ainda viria, o filho economizou cada centavo para o próximo dia tempestuoso que o seu pai certamente criaria. Mas antes disso as humilhações se intensificaram.




Capítulo III
O filho sempre fora bom aluno, pois era além de uma fuga, a única coisa que podia fazer, pois nunca deixavam ele sair com amigos. Ia fazer 15 anos ainda e não tinha uma única vez saído com amigos. E, por mais que fosse bem na escola, o pai chamava-o de vagabundo. Dizia que na idade dele já vendia coisas na rua, ‘se virava’, mesmo que o pai não deixasse e até o batesse por isso.
Repetia sempre a história de seu primeiro emprego, como radialista, sua bancada de frutas.
Em seguida chamava o filho de vagabundo. Dizia que quando ele fizesse 18 anos deveria se mandar, pois era o tempo. Independentemente das notas, dizia que o filho deveria estudar mais, que era a única coisa que deveria fazer, pois ele foi assim. Talvez visse na vida do filho uma projeção da sua, daí tanta incompreensão. Por fim, reclamava ainda mais e gritava ou castigava o filho sobre a sua única diversão, os jogos no computador.
E então o dia chegou. O pai bêbado, sentou-se ao lado do filho, enquanto esse ficava no computador. Ele desligou o monitor e fez o menino dar-lhe atenção. Disse que queria conversar. Disse que ele não o chamava mais de pai, que estava sendo ruim com ele, que ele, por mais paradoxal que pareça a afirmação, não merecia isso.
Passou-se um tempo e veio ele novamente, agora em um tom menos conciliador. Veio com gritos. Chamou-o para a varanda, pediu que o filho sentasse e a muito custo ficaram cara a cara. O bafo de cerveja era acompanhado de palavras lascivas. Repetiu toda a história mais uma vez. Contou que seu pai o bateu a vida toda e nem por isso ele deixou de gostar do avô do menino. Jogou na cara do menino que tudo que havia comprado foi com o suor dele.
O volume aumentava. Até que ele concluiu seu pensamento. ‘Se você não gosta de mim por bem, vai gostar por mau’, pegou-o pelo pescoço, apertou e disse que iria matá-lo. A mãe apareceu. Gritava desesperada. Ele se desconcentrou e o filho se desvencilhou. Pulou os móveis, saiu pela porta dos fundos. Ao chegar no portão, pediu desesperado que o vizinho abrisse. Iria dormir na rua aquele dia.
Sorte que ainda tinha amigos. A amizade não duraria pra toda a vida, mas o reconhecimento sim. Marcele e Paulo eram os nomes. Se desesperaram pois logo souberam do sumiço. Foi ajudado, dormindo debaixo da cama de Paulo. Em seguida, foi morar com a madrinha, onde passou os melhores 4 meses de sua vida.
Suas notas aumentaram absurdamente. Estava feliz. Não era sua casa, mas era o melhor ambiente que tinha vivido até então. Achava que aquilo poderia durar pra sempre, mas infelizmente, realmente não era sua casa. O pai ainda foi lá algumas vezes, mas ele sempre fugia. A única vez que foi pego, o pai chegou, com o característico odor de cerveja e disse para ele voltar para casa. Pulou móveis novamente, pulou a janela, e esperou que a paz voltasse. Que fosse embora o homem.
Daí em diante muitas idas e vindas. Já aos 15 anos, após voltar pra casa teve uma intensa depressão qual se acostumou e nunca foi tratada. A violência nunca parou, mas sempre que algo grave acontecia ele amarrava suas trouxas e sumia por algum tempo.
A pior de todas foi quando finalmente entendeu que não dava pra morar em lugares qual ele não tivesse posse. Independente da boa vontade e da compreensão de todos, nunca poderiam ficar com ele pelo tempo que precisava. Não trabalhava, divertia-se pouco. Sua vida conturbada deveria ser repensada, fugir de casa já lhe trazia problemas demais, ir para casa dos outros pior.
Morou na rua então um tempo. Tomava banho na escola pela manhã. Acordava às 4 da manhã, para que os moradores não vissem que ele havia invadido um quintal. Sua cama era uma rede e o frio noturno diminuía suas horas de sono.
Ainda assim, se sentia feliz, pois estava pela primeira vez conseguindo lidar com problemas de maneira certa. Antes de dormir, lembrava da cena que o fizera chegar ao fundo do poço. O pai lhe ameaçava espancar se não trabalhasse pra ele. Ele fez-se de humilhado, disse que trabalharia sim, chorando. Foi pra casa, pegou a rede, biscoitos, livros e sumiu.
Depois de tantas tempestades, mudou-se. Certa cidade universitária no interior virou seu porto seguro. A ausência daquela atmosfera absurdamente desagradável lhe proporcionou a possibilidade de começar a viver. No entanto as férias desagradáveis sempre vinham. O pai aparecia para lhe tirar a paz, ou ele, iria visitar sua antiga casa, e, mais uma vez, se entristecia.




Capítulo IV
Com o tempo, bem antes de se mudar, ignorou o ódio. Entretanto, a apatia e a incompreensão tomaram seu lugar. Tentou muitas vezes conversar e convencer o pai a tentar alguma reflexão. Inútil foram todas. Sempre respondia ‘isso é passado’, ‘quem vive de passado é museu’. Entre outras prontas e mentirosas frases.
Mentira era também um problema intenso. Mentia por tudo e se iludia mais uma vez, pensando que as pessoas acreditavam. Mas era mentira também, pois riam da cara dele e o achavam louco. Homem conturbado que sempre foi, justificava julgamentos, era o maluco, o desequilibrado e também o mentiroso.
Nos últimos tempos passou a mentir mais. Dizia que havia verdadeiramente melhorado. Que vivia tempos de luxo com a mãe do, agora, homem também, seu filho. Inventou que dormiam juntos todos os dias e não conseguiam caso seus corpos não se tocassem. Esquecia ele que todos sabiam que ele só dormia na poltrona e ela, nem no quarto aparecia, pois o volume da televisão não deixava sequer os vizinhos dormirem.
As agressões nunca terminaram naquela casa. A filha era agora o alvo de represálias. Herdou a vontade de ir embora, orava para que Deus tirasse aquele homem de sua vida, que deixasse sua mãe em paz. A incompreensão lhe maltratava, era uma adolescente que tal como o filho mais velho, não podia sair.
Os estudos vinham como problema agora. Milagrosamente o irmão conseguia se concentrar, mas ela não. Talvez não fosse um dom que ela possuía, apesar de ser muito inteligente, era pesado demais pra ela. Vivera então anos sozinha lá, na completa agonia. Começava a entender porque tantas vezes seu irmão havia saído dali. Não tinha coragem, era só isso que a impedia de seguir os passos.
A oportunidade surge. Ela vai morar com a tia em outro estado. Agora sim, agora tudo pode dar certo. Com todos longe, a mãe pode tomar a antiga e justa decisão. Separar-se desse homem que já provou que não consegue mudar. O homem que destruiu o sentimento que todos tinham. O conveniente sentimento.
Voltamos ao carro. A caneta dobrada em cima do envelope cobra uma resposta. Os familiares todos sabem, ele não pode enganar a todos. Não há mais a quem enganar. Talvez pense que exista alguma fuga com seus contatos no meio jurídico. Talvez... No entanto do que vale a partilha de bens se se morrerá sozinho?
Uma assinatura não está mais significando uma simples separação. Todos cobram a resignação. Assumir finalmente que errou. Assumir as conseqüências do erro. Não existe fuga aqui. Não tem como. É uma escolha que vale por todas as mazelas que criou. É a chance de provar que, apesar de muitos pensarem que ele é uma pessoa muito má, ele tem algo de bom que o torna melhor que um monstro.
Quem sabe, se a solidão imediata lhe fizer pensar, as coisas não melhoram. Com todos longe, e, com a capacidade dele de afastar a todos com sua arrogância e prepotência, a solidão final torna-se um fato. Mas, caso um novo surto de consciência surja, tal qual o dia que bateu o carro, as coisas podem vir a mudar.
O filho lhe escreveu tudo certa vez. O resultado foi uma resposta corrosiva. Quando o filho fizesse 21 anos ele não o sustentaria mais e só voltaria a falar com o mesmo quando o filho o pedisse desculpas. O filho desistiu de tentar, mas a história, quem sabe, pode fazer algo por si própria. Aquele envelope. A alforria. Ela pode libertar todos, inclusive, a maldade, mesmo que ingênua, presa por tantos anos, neste homem.

Nenhum comentário: